Mensagens do Provedor
O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO
Caros Amigos/as
Como alguém disse “ O caminho faz-se caminhando” só que nem sempre o caminho
é tão direto e fácil conforme é desejável. É assim na vida e nos projectos em
que nos envolvemos. Pela sua dimensão e representatividade para a Misericórdia,
sentimo-nos na obrigação de comunicar à nossa irmandade e população em geral o
contratempo com o decorrer da obra da construção do novo Lar Prats Sénior.
Por ter havido várias condicionantes por parte do empreiteiro, que penalizavam
o bom andamento da obra e de alguma forma a Misericórdia, decidiu-se, de acordo
com a conjuntura, avançar para uma rescisão amigável do contrato, sendo justo
destacar a disponibilidade do mesmo para o efeito. Neste interregno, decidiu-se
aproveitar a oportunidade, ao abrigo do Decreto-Lei 67/2012 que permitia o aumento
de capacidade de camas, fazer a transformação do projecto de 60 para 80 camas.
Lamentamos todas estas contrariedades, mas perante os infortúnios somos obrigados
a arranjar soluções, e esta foi a única forma de se tratar deste procedimento com
o mínimo de riscos e custos para todas as partes.
Entretanto, estamos a desenvolver acções preparatórias para lançamento do novo
concurso de reprogramação para a conclusão da obra, com preocupação e empenho,
para que esta volte a arrancar breve, assim que as condições técnicas e regulamentares
o permitam.
Neste sentido, gostaria de convidar a população de Sines a juntar-se a nós na
valorização da nossa obra social desenvolvida em prol da assistência aos mais
desfavorecidos.
Aproveito também a oportunidade para apelar às entidades, empresas e pessoas de
boa vontade, para que dentro das suas possibilidades encarem a Misericórdia como
uma instituição que, nos tempos que correm, precisa de todos para melhor também
servir todos, não dando ouvidos a muitas vozes mal informadas sobre a Misericórdia
ser apoiada pelos lucros dos jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Acredito que a Misericórdia de Lisboa apoie algumas instituições, embora ela também
tenha as suas próprias necessidades, e daí absorver boa parte das verbas despendidas,
não podendo por isso chegar a todos os necessitados, como até agora tem sido o nosso
caso. Quero com isto dizer que a nossa sustentabilidade se baseia somente nas receitas
familiares e institucionais, o que pela sua insuficiência obriga a grandes esforços na
contenção de despesas, em paralelo com o esforço de se criar e prestar as melhores
condições possíveis aos nossos utentes.
Também sabemos que as dificuldades gerais impostas pelas actuais políticas de austeridade
geram muitas necessidades e insegurança na população em geral, e por arrasto alguma revolta
e facilidade às críticas negativas. No que nos toca, sabemos que também não podemos fugir
à regra, pois estamos muito expostos e limitados na forma como combater e demonstrar
eficazmente muitas inverdades que possam ser ditas, ou seja, bem gostaríamos de poder ajudar
a transformar atitudes de uma maneira mais construtiva salutar e humana.
É nosso lema tentar bem servir, de preferência com a qualidade e o humanismo possíveis,
investindo dentro das nossas condicionadas possibilidades, em melhoria de equipamentos,
melhoria na prestação de serviços com base na formação profissional, através de workshops
e nos conhecimentos adquiridos pelos funcionários ao longo dos anos.
A nossa e sua missão é ajudarmos a melhor servir os outros, para que no amanhã quando nós,
hoje no activo, precisarmos, também termos quem melhor cuide de nós. Por isso, aceitamos
com espírito aberto todos os apoios e críticas, de preferência construtivas, porque nos
ajudam a sermos melhores, hoje e no futuro.
Um grande Bem-haja para todos.
O Provedor
Luís Venturinha de Vilhena