Estão a terminar os quatro anos de mandato desta Mesa Administrativa, iniciados com a tomada de posse em 5 de janeiro de 2020. Foi um período de enormes desafios e dificuldades para os portugueses e para o mundo, com maiores impactos nas pessoas mais vulneráveis.

Fomos afetados, de modo muito relevante, pela pandemia do COVID-19, logo em março desse ano, que nos acompanhou durante mais de dois anos. Esta doença atingiu muitos dos nossos utentes e causou dificuldades de gestão, financeiras e de tesouraria à Instituição. Teve, ainda, consequências, ainda por avaliar totalmente, nos nossos trabalhadores e na população que servimos.

A partir de fevereiro de 2022, com o desencadear da guerra na Ucrânia, acentuam-se os efeitos dos aumentos de preços da energia, dos combustíveis e dos bens alimentares, com agravadas dificuldades de aprovisionamento de algumas mercadorias e de escassez de mão de obra.

Se, no início deste mandato, tínhamos expetativas de introduzir medidas de gestão mais eficiente, este objetivo foi fortemente condicionado pelas prioridades de combate à pandemia. Contudo, as dificuldades oriundas deste combate e a escalada de preços que se seguiu, vieram reforçar a necessidade de introdução de alterações no modelo de gestão e operação da Instituição.

Os objetivos inicialmente traçados mantem, ainda, toda a atualidade e continuam a ser perseguidos pela Mesa Administrativa: melhorar os serviços prestados aos nossos utentes e aos nossos clientes, valorizar e dignificar os nossos trabalhadores e, finalmente, manter uma gestão sustentável dos recursos e das operações da Santa Casa.

Os nossos trabalhadores tudo fizeram para atenuar e ultrapassar os efeitos negativos das contrariedades que enfrentamos, assegurando a continuidade dos apoios que contratualizámos com o Estado e a melhoria do atendimento e dos serviços que prestamos aos nossos utentes. É de realçar ainda as ajudas que tivemos de entidades, empresas e cidadãos que, uma vez mais, não nos abandonaram.

Os próximos anos continuarão a ser, muito provavelmente, anos de incertezas, difíceis e desafiantes. A Misericórdia de Sines saberá enfrentá-los com prudência, mas também com dedicação e empenho, sem colocar em causa a qualidade dos serviços que presta. E conta com o apoio de toda a comunidade para o sucesso das respostas que a SCMS dá à sociedade.

Para terminar, o Provedor e a Mesa Administrativa querem desejar, a todos os sineenses, um Feliz Natal e um ano novo mais solidário e de maior coesão social.



O Provedor

Eduardo Bandeira

Sines, 11 de dezembro de 2023.